A paixão é um bicho complicado.
É uma chama que vem e que vai, que acende e que apaga com uma velocidade superior à que os nossos frágeis neurónios conseguem processar.
É duma volatilidade inexplicável, que nos deixa quando nos sentimos quentes, e nos aquece novamente quando pensamos que vamos morrer enregelados.
Não é um bicho papão, mas é um bicho que nos vai papando aos poucos, seja para o bem ou para o mal.
Para o bem, consome-nos a pouca autonomia que pensamos ter e domina-nos os sentidos: vemos, ouvimos, cheiramos, degustamos e tocamos movidos por essa força que nos controla as emoções.
Para o mal, impede-nos de ver o caminho, de ouvir a voz da razão, de degustar dos prazeres que ainda nos restam e de segurar o mundo com a palma das nossas mãos, para que ele não se desfaça em pó.
É esse o sentido da vida: apaixonarmo-nos constantemente por alguém, por alguma coisa, por uma causa, por nós próprios ou por coisa nenhuma. O que interessa é apaixonarmo-nos.
Se vamos sofrer ou não, isso já é outra conversa. Se não corrermos riscos nunca vamos saber que proveitos nos estavam destinados. Se o preço a pagar por um sorriso é um mar de lágrimas, então posso chorar um rio, pois o sorriso vai ser a minha maior concretização.
Por isso luto para me apaixonar sempre. Quando procuro um sentido para o que me parece injusto, penso sempre que a derrota de hoje me vais dar forças para vencer a batalha de amanhã.
Luto, apaixono-me e amo muito. Vivo!
3 comentários:
É verdade sempre tiveste essa garra pela vida, mas, amar em certos casos pode ser difícil para muita gente, como eu que se apaixona e se entrega na totalidade a 1 pessoa, tu.
Amo-te minha Dulce.
Es ca uma escritora =)
Beijo grande*
Longe mas smp perto ;)
Concordo contigo Dulce.
O sentimento mais belo é o amor e sem ele a vida torna-se vazia e sem sentido...
Bjs
Carla Isabel
Postar um comentário