segunda-feira, 28 de junho de 2010

Amor

Tudo começou porque eu estava sozinha, num vazio tão denso que não via maneira de me libertar das amarras que a vida me tinha reservado. Sentia-me sozinha, sem saber qual o sentido que, para mim, tinha a vida. É nessas alturas que nos grandes romances aparece o cavaleiro andante, o tal que nos vai arrebatar irremediavelmente o coração e que, irreparavelmente, vai mudar o rumo que até aí levávamos. Como por magia, foi isso que me aconteceu. Apareceste tu, da forma mais impensável, e prendeste-me o olhar. Há muito tempo que não admirava algo em meu redor, mas fiquei rendida aos teus encantos exteriores. Alguma coisa em mim se alterou, pois senti uma força empurrar-me na tua direcção. Nunca o tinha feito. Mas senti que tinha que dar uma chance a mim própria, que devia arriscar mais. Segui os meus instintos, contrariando o meu habitual sentido de prudência, que me leva a perder quase sempre o melhor que a vida me reserva. Entrei na tua vida de um modo estranho e até cómico. Porém, tu entraste na onda que eu apanhei para chegar até ti e desfizeste-a comigo. Aproximaste-te de mim e, simultaneamente, atraíste-me para ti, qual metal que se une ao íman. A nossa aura sempre foi especial. Tu fazias-me esquecer o pouco que eu gostava de mim e as inúmeras responsabilidades às quais dedico a minha vida. E eu fui-me libertando. Cada vez mais livre, vi em ti aquilo que nunca tinha vislumbrado em ninguém: liberdade e paz. Apaixonei-me pelos teus inegavelmente envolventes olhos negros, pelas linhas do teu moreno corpo divino e pelo teu sorriso, tão terno quanto selvagem. Não posso negar a atracção física que me tomou o corpo desde o primeiro momento em que te vi. Mas uma beleza sublime, como a tua, embora não seja comum, não é só o que procuro. Procuro uma boa alma. Posso dizer que encontrei o meu ideal: uma alma que me enche o coração, num corpo que me excita a visão. Mais do que ser um menino bonito, foste capaz de me mudar. Não te limitaste a aceitar os meus defeitos passivamente, mas fizeste-me ver onde estava errada e, pouco a pouco, vou-me apercebendo do porquê do nevoeiro que pairava na minha vida antes da tua chegada. Sou demasiado exigente comigo, o que me leva a preocupar-me demais com tudo, impedindo-me de ser feliz a 100%. Não tinha as rédeas da minha vida: era controlada por ela. Isso tem mudado, gradualmente, graças ao teu esforço e empenho, bem como a tua paciência de santo. Estás dentro de mim, como um feto está dentro da barriga da mãe. Sou tua, como tu és meu. Não tenho dúvidas de que o nosso amor é algo mais do que os outros conhecem. Não se trata de uma rotina nem apenas de um amparo para os dois. É mais, muito mais! Acho que é mais do que amor o que sentimos, mais que uma entrega mútua e eterna. Porque não é isso que sinto quando penso em ti e muito menos o que me inunda quando estou ao pé de ti. Amo-te!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

pequena apresentação

Amo a vida! Sou sincera, mas sei que há verdades que doem. Falo pelos cotovelos, mas sou boa ouvinte. Guardo segredos intransmissíveis e sou boa conselheira. Tenho a mania que sou dona da verdade, mas, na realidade, pouco sei da vida. Adoro dar carinho, mesmo que nem sempre seja valorizada por isso. Sou inconsequentemente certinha. Gosto da minha privacidade e enfurece-me quem não a respeita. Tenho uma grande memória, mas sou muito despistada. Sou uma grande chorona: choro de alegria e de tristeza, de sonho e de desilusão, de esperança e de saudade. Tenho as emoções à flor da pele, por isso, nem sempre sou correcta. Impulsiva, teimosa, persistente. Mas também dócil, humana, inocente. Acredito na justiça e nas pessoas, mas desilude-me saber que é em vão. Quero lutar por um mundo melhor, mas apercebo-me de que não paxa de um sonho de criança. Amo o meu namorado a ponto de o querer para sempre do meu lado, adoro a sua paciencia pas minhas maluqueiras e a sua personalidade ímpar e perfeita para mim. Adoro os meus amigos, pois, sem eles, não podia sorrir. Tenho uma mãe resmungona e forreta, mas não me imagino sem ela. Quero ser feliz e enfrentar as adversidades com um sorrisinho maroto no rosto. Tenho o desejo íntimo de ser criança outra vez, voltar ao mundo cor-de-rosa e desaparecer com os fantasmas que me perseguem. Alimento os meus sonhos e luto para vencer na vida. Tenho muitos defeitos, mas, lá no fundo, amo-me!!!